quarta-feira, 10 de abril de 2013

A arte no Egito antigo

Fonte: Descobrindo a História da arte - Graça Proença



Paleta de Nârmer



A Paleta de Nârmer refere-se a uma placa cerimonial egípcia com inscrições e relevos representando o acontecimento histórico da unificação do Alto e Baixo Egito sob o rei Narmer (possivelmente outro nome para Menes ou um antecessor seu) e que data de, aproximadamente, 3100 - 3200 a.C. contendo alguns dos mais antigos hieróglifos atualmente conhecidos.
Encontrando-se entre alguns achados arqueológicos de 1898 descobertos pelo britânico James E. Quibell, quando da sua escavação em Hierakonpolis (a antiga capital pré-dinástica do Alto Egito), a peça sobreviveu até aos nossos dias em ótimas condições. O fato de nela se encontrar registrado uma figura histórica que pela primeira vez é identificada pelo nome, torna-se numa importante peça não só do legado do antigo Egito como da história universal.
A paleta encontra-se atualmente no Museu do CairoEgito.



As pirâmides de Gizé ( Antigo império - 3200 a 2200 a.c.)

Necrópole de Gizé (em árabeجيزة يسروبوليس), também chamada dePirâmides de Gizé, Guizé ou Guiza, é um sítio arqueológico localizado noplanalto de Gizé, nos arredores do CairoEgito. Este complexo de monumentos antigos inclui os três complexos de pirâmides conhecidas como as Grandes Pirâmides, a escultura maciça conhecida como a Grande Esfinge, vários cemitérios, uma vila operária e um complexo industrial. A necrópole está localizada a cerca de 9 km do interior do deserto para a cidade velha de Gizé, no Nilo, e cerca de 25 km a sudoeste do centro da cidade do Cairo, no local da antiga cidade egípcia de Mênfis. As pirâmides, que sempre tiveram grande importância como emblemas do antigo Egito no imaginário ocidental, foram popularizadas nos tempos helenísticos, quando a Grande Pirâmide foi listada por Antípatro de Sídon como uma das Sete Maravilhas do Mundo. É, de longe, a mais antiga das maravilhas do mundo antigo e a única que ainda existe.
palavra pirâmide não provém da língua egípcia. Formou-se a partir do grego"pyra" (que quer dizer fogoluzsímbolo) e "midos" (que significa medidas).

Pirâmide de quéops (ou Khufu), também conhecida como a Grande Pirâmide, é a maior e mais antiga das três pirâmides de Gizé. Acredita-se ter sido construída para ser a tumba do Faraó Quéops da quarta dinastia, cujo reinado se estendeu de 2551 a 2528 a.C. (século XXVI a.C.). É a maior das três pirâmides de Gizé: sua altura original era de 146,60 metros, mas atualmente é de 137,16 m, pois falta parte do seu topo e o revestimento.



Colunas do templo de Luxor (séc. XIV - XII a.c.)
O Templo de Luxor, foi iniciado na época de Amenhotep III e aumentado mais tarde por Ramsés II, só foi acabado no período muçulmano. É o único monumento do mundo que contém em si mesmo documentos das épocas faraónicagreco-romanacopta e islâmica, com nichos e frescos coptas e até uma Mesquita (Abu al-Haggag). Este templo era dedicado ao deus Amon, mas não só, era também dedicado às divindades Mut (esposa de Amon] e Khonsu. As suas dimensões são menores do que as do Templo de Karnak, e ambos são dedicados ao mesmo deus. O seu nome antigo era Ipep-resit, traduzido como "Harém do Sul", referindo-se às festas que uma vez por ano lá tinham lugar, durante estas festas eram transportadas as estátuas de Amon, Mut e Khonsu de Karnak para Luxor. Por volta do século II, o templo foi ocupado pelos romanos, mas foi sendo abandonado gradualmente. Foi coberto pelas areias do deserto, até que em 1881 o arqueólogo Gaston Maspero redescobriu o templo que, se encontrava muito bem conservado. Para iniciar a escavação a vila que entretanto tinha crescido perto do templo teve de ser retirada, apenas permanecendo uma mesquita, construída pelos árabes no século XIII.



Templo de Abu-Simbell (séc. XIII a.c.)

Abul-Simbel (em árabe: أبو سنبل ou أبو سمبل) é um complexo arqueológico constituído por dois grandes templos escavados na rocha, situados no sul do Egito, no banco ocidental do rio Nilo perto da fronteira com o Sudão, numa região denominada Núbia, a cerca de 300 quilómetros da cidade de Assuão. No entanto, este não é o seu local de construção original; devido à construção da barragem de Assuão, e do consequente aumento do caudal do rio Nilo, o complexo foi trasladado do seu local original durante a década de 1960, com a ajuda da UNESCO, a fim de ser salvo de ficar submerso.
Os templos foram construídos por ordem do faraó Ramsés II em homenagem a si próprio e à sua esposa preferida Nefertari. O Grande templo de Abu Simbel é um dos mais bem conservados de todo o Egipto.



Regras da frontalidade



A Lei da Frontalidade, ou frontalismo, é uma das convenções mais intrigantes da arte do antigo Egito.
É uma arte estilizada, mas também é uma arte de atenção ao pormenor, de detalhe realista, que tenta apresentar o aspecto mais revelador de determinada entidade, embora com restritos ângulos de visão. Para esta representação são só possíveis três pontos de vista pela parte do observador: de frente, de perfil e de cima, e que cunham o estilo de uma forte componente estática, de uma imobilidade solene.
O corpo humano, especialmente o de figuras importantes, é representado utilizando dois pontos de vista simultâneos, os que oferecem maior informação e favorecem a dignidade da personagem: os olhos, ombros e peito representam-se vistos de frente; a cabeça e as pernas representam-se vistos de lado.
O fato de, ao longo de tanto tempo, esta arte pouco ter variado e se terem verificado poucas inovações, numa primeira análise, julgou-se que esta forma de retratação estaria ligada à incapacidade ou ingenuidade do desenhista. De acordo com análises posteriores, no entanto, chegou-se à conclusão de que existiriam outras razões para este fenômeno deve-se aos rígidos cânones e normas a que os artistas deveriam obedecer e que, de certo modo, impunham barreiras ao espírito criativo individual.


O Escriba sentado ( 2500 a.c.)


O Escriba Sentado é uma escultura produzida no Antigo Egito representando um escriba durante seu trabalho, atualmente exposta no museu do Louvre em Paris. Foi descoberta em Saqqara em 1850. Data do período da quarta dinastia do Império Antigo, por volta de 2620 a 2500 a.C.



Faraó Tutancâmon


Tutancâmon (português brasileiro) ou Tutancámon (português europeu), também conhecido pela grafiaTutankhamon (m. 1 327 ou 1 323 a.C.), foi um faraó do Antigo Egito que faleceu ainda na adolescência.
Era filho e genro de Akhenaton (o faraó que instituiu o culto de Aton, o deus Sol) e filho de Kiya, uma esposa secundária de seu pai. Casou-se aos 10 anos, provavelmente com sua meia-irmã, Ankhesenamon. Assumiu o trono quando tinha cerca de doze anos, restaurando os antigos cultos aos deuses e os privilégios do clero (principalmente o do deus Amon de Tebas). Morreu em1 324 a.C., aos dezenove anos, sem herdeiros - com apenas nove anos de trono - "o que levou especialistas a especularem sobre a hipótese de doenças hereditárias na família real da XVIII dinastia egípcia", na opinião de Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidadesdo Egito.
Devido ao fato de ter falecido tão novo, o seu túmulo não foi tão suntuoso quanto o de outros faraós, mas mesmo assim é o que mais fascina a imaginação moderna pois foi uma das raras sepulturas reais encontradas quase intacta. Ao ser aberta, em 1922, ela ainda continha peças de ourotecidos,mobíliaarmas e textos sagrados que revelam muito sobre o Egito de 3 400 anos atrás.



Qual terá sido a verdadeira aparência do faraó Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.)? A tecnologia da tomografia computadorizada em 3D foi empregada para tentar responder a essa pergunta. A técnica permitiu reconstituir a face e caracteríticas do crânio do faraó a partir da sua múmia. Em 2005, a cabeça do faraó foi escaneada em camadas com 0,62 milímetros de espessura para registrar suas complicadas estruturas. Então, um renomado antropólogo forense francês, Jean-Noël Vignal, utilizou centenas dessas imagens em 3D para fazer um "mapa do crânio". Ele determinou as medidas básicas e as características da face de Tutankhamon, inclusive a posição da boca, o formato do queixo, a escala de tamanho do nariz e a espessura da pele. Com emprego desse "mapa" foi feita em silicone uma reconstituição da face do faraó. A antropóloga e escultora que o criou, Elisabeth Daynès, ocupa uma das lideranças mundiais em seu ramo de trabalho. Ela se baseou nas informações referentes à profundidade do tecido para espalhar argila sobre modelos de plástico do crânio. Depois acrescentou camadas de silicone semelhante à pele, estimou a densidade das sobrancelhas e as formas e tamanhos aproximados do nariz, lábios e orelhas. Os últimos retoques foram a colocação de olhos de vidro e o implante dos cabelos. Com relação ao tom da pele, que na realidade pode ter variado do muito escuro ao muito claro, foi usado o tom comum médio dos egípcios da atualidade. Acrescentou-se a maquiagem dos olhos conhecida como kohl, pois deve ter sido usada pelo rei. O resultado pode ser visto na foto acima.

A múmia do faraó Tutancâmon 





Mumificação é o nome do processo aprimorado pelos egípcios em que retiram-se os principais órgãos, dificultando assim a sua decomposição. Geralmente, os corpos são colocados em sarcófagos de pedra e envoltos por faixas de algodão ou linho. Após o processo ser concluído são chamadas de múmias. O processo de mumificação durava cerca de setenta dias.
mumificação era um processo bastante complexo e demorado. O sacerdote (embalsamador) começava por retirar o cérebro do morto, com um gancho, por meio das narinas. Depois, faziam um corte no lado esquerdo do corpo, retirando os órgãos, que eram colocados em vasos próprios e guardados no túmulo, há exceção do coração, que, por ser necessário na outra vida, era recolocado no seu lugar.
Então, o corpo era coberto com natrão (cristais de sal) e deixado a secar durante setenta dias. Após esse processo, as cavidades eram cheias com linho e substâncias aromáticas, e enrolava-se o corpo com ligaduras. Os olhos eram cheios com linho ou pedras pintadas de branco. Também os animais de estimação eram por vezes embalsamados e colocados em sepulturas próprias.


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